PASSOS HUMANOS ENTRE HORAS
Juliana Valis
Teus passos seguem incautos
Entre horas que voam sem destino,
Nas demoras das filas, sobressaltos,
Diluídos como lágrimas de um menino
Abandonado pela estupidez do mundo,
No mais célebre e profundo desatino
Que reina entre cédulas frias,
No transcorrer dos dias,
Sempre a morrer no tempo,
Neste pífio sentimento de perplexidade...
Céus, aonde foi parar essa humanidade ?
Seremos sempre autores ou réus
De um mundo que se alimenta de leviandade ?
Olharemos, entre estrelas, os escarcéus
De corações minguantes como tempestade
Das dúvidas errantes, com dor, sem véus,
Embora o amor nos clame neste verso que nos invade ?
Ah, passos, humanos passos de aventura,
Além dos traços iníquos deste mundo,
Vejamos o fecundo laço que perdura
Na alma, no corpo, no sentimento mais profundo !
Juliana Valis
Teus passos seguem incautos
Entre horas que voam sem destino,
Nas demoras das filas, sobressaltos,
Diluídos como lágrimas de um menino
Abandonado pela estupidez do mundo,
No mais célebre e profundo desatino
Que reina entre cédulas frias,
No transcorrer dos dias,
Sempre a morrer no tempo,
Neste pífio sentimento de perplexidade...
Céus, aonde foi parar essa humanidade ?
Seremos sempre autores ou réus
De um mundo que se alimenta de leviandade ?
Olharemos, entre estrelas, os escarcéus
De corações minguantes como tempestade
Das dúvidas errantes, com dor, sem véus,
Embora o amor nos clame neste verso que nos invade ?
Ah, passos, humanos passos de aventura,
Além dos traços iníquos deste mundo,
Vejamos o fecundo laço que perdura
Na alma, no corpo, no sentimento mais profundo !