Entre o céu e o chão - Ilusão - LXXV
Estou calando aos poucos, melhor emudecer os verbos desenfreados
e os egos descomedidos.
Silenciar para ouvir-me e findar com os dragões e falsos moinhos.
Aquietar-se e longe das poesias que nunca existiram abraçar
o fogo. Ser, porque isto de fato ultrapassa nossos sorrisos mascarados.
Longe de qualquer tempo ouvir envolventes silfos e em estado de graça compreender a terra, o fogo, a água e o ar.
Calar-se porque o caminho mostrou a dor e os atrasos causados pelas tempestades desnecessárias.
Viver num sorriso manso e numa fala amável.
Abandonar as pedras e fazer das pétalas um caminho sagrado para poder cantar num céu seguro.
Aos poucos...