LEMBRANÇAS
Por EstherRogessi
 
 
 
Lembrei da noite, em que a chuva incessante descia sobre à cidade... tornando-a sombria e silenciosa. Dentro do  carro ansiava por ver-te, quanta saudade!
 Pensei: - Mais um  final de semana...  para mim,   uma eternidade, sem a tua presença, sem o teu olhar!  Finalmente, é segunda-feira... . Vou vê-lo!

Olhava a chuva batendo no para-brisa do  carro, dificultando-me à visão.
O limpador do para-brisa se movimentava incansável,  num vai-e-vem ritmado com as batidas do meu coração. Esforçei-me curvando a cabeça, para à direita, buscando te encontrar. Surgiste à minha frente, com um sorriso largo, denodo da alegria,  em me ver procurando-te.

Carregavas uma pilha de livros, até o pescoço  esforçando-te em   segurá-los com o queixo.
Mesmo assim, em meio a momentânea  dificuldade, soltaste uma das mãos  e acenaste para mim... com um sorriso...  que jamais pude esquecer.

Pequenos gestos de amor que nos acompanham por toda à vida.
Há mulheres que se comprazem com joias e presentes caros,  para mim,  mui caríssimas são as lembranças de gestos e ações espontâneas, verdadeiras... Essas o ladrão não rouba, tampouco a ferrugem corroi.
Doce acalanto que me alegra a alma.
 
 
Recife, 30/10/2010.
 
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EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 30/03/2018
Reeditado em 05/04/2018
Código do texto: T6295214
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