Poema VII
Quem sabe um cálice
de vinho
E a flor de Hiroshima
nunca mais desabroche
Quem sabe ...
Quem sabe nunca mais
corpos não mais cadáveres
e não seja preciso
passar pela fiação do tempo
com a alma perdida da mãe na multidão
Quem sabe o enforcado do Tarot
não seja o Judas
Quem sabe a pedra possa ser soprada
E Sisifo sentar à mesa de Socrates
Quem sabe
Quem sabe por que Prometeu se alimenta
de seu próprio fígado
quem sabe!!!?