Que Eu Ouça o Som
Como a clave é para o tom, a pauta e as notas, peço ao Eu sou que me revista de Si, trazendo para junto da minha vontade, a força e o poder pessoal como âncora, embriagando meu ser do amor incondicional que brota do coração de Deus.
Ele, em ação, que componha a quatro mãos comigo a canção da vida, concedendo da sua imorredoura sabedoria a clarividência interior a mim, para dar o Tom, sustenidos e bemóis a serviço da melodia, vontade que pede pureza das minhas intenções para servir como alimento ao espírito que porto.
Com a clave, não importa ser de Sol ou de Fá, segura estou de que não estarei só, comporei melodias no tom certo, afinadíssimo com a minha vontade, pois viajarei nas asas Daquele que Tudo É, me fez, me tem, age em mim.
Sairão melodias com temáticas das mais variadas, de amor, melodiosas, de fé, chorosas, ou até mesmo de desalento, não importa, saberei que a Clave estará ancorada no Fazedor de tudo, saberá me lembrar que tenho residência, me conduzirá ao retorno para o Lar.
A casa que moro é Sua. As ondas, as águas, o mar, o fogo, o ar, tem Deus, é Dele.
As palavras que saltitam deste pensamento, pulveriza, refresca este lugar inóspito que as emoções querem me deixar encravada, e o sol que intuo raiar amanhã, criado prematuramente pela consciência que enxerga somente o externo, quer me trazer o prato que serve a incerteza e o medo.
Continuarei clamando, rogando pelo Eu sou, esta clave estabelecida, pronta para servir.
Parece que ouço o som! Bem longe!