O que é a fantasia, senão àquilo que você constrói
do seu jeito, são veredas cheias de duendes, alguns do bem
outros do mal. Você se arrisca, você se joga
em pensamentos de tristeza, era outro caminho
que você queria seguir, a música continua à lhe seduzir,
parece que a harpa toca somente para você.
Por alguns instantes você confunde o seu devaneio
com a voz de um anjo, você jura que vai chegar,
Fecha os seus olhos às ondas sonoras... Solta-se e vai.
A solidão vai lhe dominando e ensinando esse caminho estranho.
Já cansada, quando anoitece, com medo,
você faz uma cama de folhas molhadas por suas lágrimas
e dorme entregue aos perigos.
O vento lhe encontra e sopra alguns pedacinhos do
seu encosto para o seu sonho ou pesadelo, vento que
leva a sua esperança, do mesmo jeito que um dia ele trouxe
o seu amor, já este, ele não leva. Nada o tira de você.
E você perdida sem saber o caminho de volta, chega à sonhar
com um paraíso onde  nele, um dia irá recuperar a sua liberdade,
de seguir só, mas é só despertar igual e seguir viagem.

 


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