Roxo

Roxo

Escrevendo a lâmpada queimou...

O desafio em escrever na escuridão...

As primeiras letras contorciam-se em palavras tortas...

Embaralhando os teclados e seus sentidos...

Uma vela ascendida por hora à ideia resolveu a penumbra...

Mas somente nas primeiras letras e além da escuridão agora sombras...

No meio do teclado colocado a luz de fogo iluminou seu centro...

As sombras ficaram pelas laterais...

Uma lanterna!

Sem pilhas em pilhas de pensamentos...

Uma vela de um barco de intuições...

Nas gavetas da copa desarrumadas a procura de luz...

Nos armários embutidos resgatando na memoria uma luz...

Descalço e sem olhos para o chão, um tapete, um tombo eminente...

Apenas um escorregão...

A parede como escorre as mãos e de costa como colchão...

Ufa!

A garagem?

Três degraus na descida, uma montanha como subida...

Sem nada nas mãos...

Sentando no piso frio da cozinha...

Impulsionando ao tico/teco (pensando)...

Uma única luz não ilumina toda a casa,... o fusível?!!!

A caixa de luz no banheiro...!

Eram os disjuntores desligados...

Ligados iluminou toda a casa...

A luz doída...

Na odisseia roxa...

No roxo tombo...

Uma vítima...

Um roxo dedão...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 20/03/2018
Reeditado em 20/03/2018
Código do texto: T6285739
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