Tudo Vibra
Não! Fedor da maldade! Preciso sorrir! Uso o ventilador da esperança, “cavuco” com a pequena agulha da impaciência, a terra encharcada com o estrume da injustiça.
Sei que pode demorar, mas encontrarei a pedra filosofal da tolerância e compaixão, que me trará o respiro profundo, aquele que deixa o sanfonar dos pulmões esticados até o último. Como é bom respirar assim! Lááááá no fundo! Avistarei o renovo aproximando, regando a Terra de bem aventurança.
Sabe aquele final de tarde, nem noite nem dia. E o amanhecer então, nem dia nem noite. É assim que sinto às vezes, pressinto que logo, a gente, depois do sofrimento no mundo, conquistaremos a paz. Para o bem, o melhor.
No fundo, suspeito que todo este reboliço medonho poderá ter um fim. Parece que até as estrelas piscam com mais intensidade no céu neste dias querendo me distrair .
Esta pecinha pontiaguda da impaciência, que me deixo ser espetada diariamente. Resolvi ter seu domínio. Dói por demais este afã nefasto da indignação. O não poder fazer nada, ter que me manter compassiva diante dos horrores frescos que brotaram ontem, hoje...agora pouco... neste instante; mortes, guerras, imposição do medo, do horror, na tela da tvê tem coleções deles.
Enfiar a cabeça no buraco é para avestruz, de cabeça erguida ainda confio no amor, germe que tem em todo mundo, pronto para condecorar cada um com o amor próprio, ao outro, à vida.
Pode ter um jeito para isso tudo. Serei corajosa poder acreditar nesta afirmação? Como soltando de um galho e caindo na correnteza da bem-aventurança, entregando o destino a ela, que na sua sabedoria me levará justamente para onde deveria, num mundo melhor, mais justo, fraterno e igualitário.
Selá