Desobediente
no uso das palavras
sem forma sem padrão
escrevo memórias
eu estou do lado dos estranhos
eu escolho o devaneio
as ideias loucas
o meu olhar é de estranhamento precário
eu escuto o absurdo para sentir
a qualidade dos sentidos das palavras não ditas
pelas minhas mãos eu mudo de lado
eu mudo de mão.
não, eu não quero ser salva
eu quero ser consumida
pela sua visão
leia me
com delicadeza
entregue me
a sua atenção.
*Desobediente está na memória do meu livro "O teto branco"
em breve lançamento.