Preciso escrever.
Cerebelo recebe o informe. Em ritmo lento desenvolvo o texto. Nem sempre vem completo; sempre o complexo se intromete e persegue o verbo.
Pejo nuvens grises que escondem o escrito. Penso, repenso e continuo... Leio o texto, releio e penso que ficou sem gosto. Troco tudo, coloco um ponto...Ih Tomou outro rumo, desisto!
E o grito impõe, entre voos e escorregos... "Segue". E prossigo...
Sigo pelo deserto, queimo meus pés no solo seco, verto todo meu suor, o corpo quer pender, me esforço e reergo-me. Ûm lume espelhou os neurônios...
Retomo meu escrevedor, consulto o tempo, e me recupero.
Sinto fome e medo, preciso de um desjejum. Nenhum comestível vejo, espero que o incomum fique longe de mim... Se me surge um tempo tempestivo, perder-me-ei no meio do deserto.
Levo no cerebelo meu texto, como um timbre, e, se em certo momento eu sucumbir, como um zumbi, corro pelo imenso terreno, como um sino... E o vento com seu uivo, difundindo meu escrito pelo infinito tempo!
Diná Fernandes
com imensa satisfação que recebo a Interação da poetisa Norma Silveira que escreveu um lindamente sem a vogal "A"
Muito inteligente, poético...
Com todos meus desejos e votos de sucesso, muito nobre ...
Você colocou tudo belo e bem dividido...
Os sentimentos, bons, ternos no fogo do entendimento
no peito em versos nobres e lindos.
Te desejo muito sucesso no tecer versos.
Com infinto toque de ternos versos,
te desejo sublime corrente do bem querer,
nobres sentimentos, flor de versos poéticos
onde teces o bem e o bom.
Porém se estiveres triste, busque o céu, o universo Cósmico, pois ele responde em versos de refletir o viver...
Norminha, havia uma letra "A" na palavra tão, eliminei e ficou legal . Uma maravilha seu texto!
Venha sempre que quiser, o exercício é tentador.