Logo atrás , as pedras rolavam.
Não quis olhar para trás,
O chão se desfazia aos meus pés,
A cada passo que dava,
Se corresse , de nada adiantaria,
O assoalho de pedras se romperia,
Tenho medo do escuro, da sombra
Medo do vazio que se formava
A única direção estava à diante
Sempre esteve, só que eu não sabia,
Não posso olhar para trás, não mais...
O que ficou não mais existe,
Então nada restou, além de memórias
Se der um passo, continuarei no abismo
Só me resta seguir, e seguir...
Quem sabe um dia eu possa olhar para trás,
Mas não agora, onde tudo rui às minhas costas,
Sinto o ruído das pedras no abismo.
São as minhas pedras, as minhas perdas...
O que não me pertence, ainda que as quisesse,
Imaginei que não as consegui segurar, culpa...
Como sou tonto, nunca as tive nas mãos...
Não posso reter o que nunca tive,
Sonhos são apenas ilusões de uma noite , de várias...
Enquanto isso as pedras caem atrás de mim...
Só preciso seguir, e seguir...