Teu nome
Esses estranhos fins de tarde
Em que a vida parece nada mais
Que um pequeno grande erro.
Os minutos são marcados
Pelo cair de gotas d'água na pia
E um magnetismo criptóico se esconde
Atrás de ti,
Por cima de estantes e livros,
Copos
Que alguém acabara de usar.
Respira teu ar
Muito, muito perto,
E distante...
Sua garota pegou a rodovia
Mais próxima para bem longe daqui.
Como pode esse lugar lembrá-la
Tão descaradamente?
Não há mais sentido em chamar por teu nome,
É tão vazio quanto esse momento que me sopra lentamente...
Porém eu penso que nada,
Nada é tão assim, desocupado de esperanças,
Que não possa ser encarado de frente,
De tempos em tempos,
Uma vez ou outra.
Então eu só sento aqui
E continuo tentando...
Eu continuo tentando... até
Distraidamente cair no sono.