Teu nome

Esses estranhos fins de tarde

Em que a vida parece nada mais

Que um pequeno grande erro.

Os minutos são marcados

Pelo cair de gotas d'água na pia

E um magnetismo criptóico se esconde

Atrás de ti,

Por cima de estantes e livros,

Copos

Que alguém acabara de usar.

Respira teu ar

Muito, muito perto,

E distante...

Sua garota pegou a rodovia

Mais próxima para bem longe daqui.

Como pode esse lugar lembrá-la

Tão descaradamente?

Não há mais sentido em chamar por teu nome,

É tão vazio quanto esse momento que me sopra lentamente...

Porém eu penso que nada,

Nada é tão assim, desocupado de esperanças,

Que não possa ser encarado de frente,

De tempos em tempos,

Uma vez ou outra.

Então eu só sento aqui

E continuo tentando...

Eu continuo tentando... até

Distraidamente cair no sono.

Samuel Bueno
Enviado por Kleber Versares em 11/03/2018
Reeditado em 13/03/2018
Código do texto: T6276756
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