O que houve, amigo?
Tuas certezas se instalaram em ti de forma tão prenhe que já não concebes mais as dúvidas e as delícias de sonhar?
A loucura que antes era tua fiel companheira e cúmplice agora te percebe tão distante que nem se atreve a brincar mais contigo?
A luz que antes incidia sobre ti tão cintilante ofuscando tudo que não a refletisse e cegando os desavisados a volta, hoje te permite apenas ver as sombras do que fostes?
Amigo, aquieta-te!
Sofra, mas nem tanto...
O mal que te acomete não é raro e tem cura: abra as janelas e portas do teu coração, cante aquela canção de memória que outrora te fazia sorrir e volte a sonhar.
Não morreste ainda, apenas deixaste de crescer...
Renata Vasconcelos