Todas as Horas

Acumulo em mim horas de silêncios

E nos meus olhos residem passarinhos

Que já não voam para longe

Mas tenho planos para tudo e nada

Meus pés descalços caminham por

Abismos seguros. A noite é cega

Todos os dias amanheço em mim

E as horas passam em meu relógio

Que cuca dentro da minha cabeça

Todas as horas da tarde se arrastam

Como um trem velho feito de ferro

Feito de fumaça, feito de esquecimento

Acumulo em mim um desejo de amar

E nos meus olhos uns sonhos de menino

Que já não voam para tão longe.

Milton Oliveira

05mar/2018

milton antonios
Enviado por milton antonios em 05/03/2018
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