Os Olhos da Idade
Suavemente a folha caiu no para-brisa
subjugada pela gravidade
– não tinha mais viço para ignorar o vento.
Estava rubra –
mais bela que constrangida!
A contemplação mútua não durou muito.
Logo a folha deslizou,
foi compor o tapete vermelho semivivo...
Ainda caíram outras (não tão coloridas!),
mas nenhuma descansou no para-brisa.
Novo sopro varreu o tapete,
desnudou o asfalto.
Não havia mais tempo para encantamento.
Soou o fim da aula... Ele tinha pressa.
Aos quinze anos, não via a gravidade,
o vento, as folhas como eu via...
Suavemente a folha caiu no para-brisa
subjugada pela gravidade
– não tinha mais viço para ignorar o vento.
Estava rubra –
mais bela que constrangida!
A contemplação mútua não durou muito.
Logo a folha deslizou,
foi compor o tapete vermelho semivivo...
Ainda caíram outras (não tão coloridas!),
mas nenhuma descansou no para-brisa.
Novo sopro varreu o tapete,
desnudou o asfalto.
Não havia mais tempo para encantamento.
Soou o fim da aula... Ele tinha pressa.
Aos quinze anos, não via a gravidade,
o vento, as folhas como eu via...