Amanheceu
Amanheceu também comigo a saudade.
A saudade de ti; quanto tempo,
Mas foi o tempo que não permitiu o refugiar em ti.
Hoje no meu peito brada gritante na alma
Não podendo esperar! Tenho que cantar
O que me vem lá do profundo libertar...
Alçar voos sonhados, vividos, criados...
Singrando como uma nau quando mar adentra
Ou reclusa tal qual uma freira dentro de um convento
Carente perdida nos sentimentos!
Mas quem não sonha trêmula enamorada
Aonde anseia prender-te nos braços
Terna de amor – tu és entre tantos o mais belo.
É por ti que anelo nas noites insones
Uma chama que acalento delírios ardentes
Frementes; - mas só me resta a dor da saudade!