Água que se vai...
A água descia a rua de pedras , calçadas
Molhando as sandálias e os dedos dos pés
Subia um frio pela espinha, um medo
De morrer tão jovem , ainda sem saber ...
O lampião fraco à gás , fazia sombras no chão
E me vi com quatro metros , tocando o muro
Os cabelos pingavam de chuva e suor
Salgavam a boca sem dizer, gosto de fel...
Os lábios se moveram em palavras cortadas
E como sempre falo sozinho para me ouvir
Respondi as próprias indagações
Ainda sem saber...pois pouco sei de mim.