Pés incrédulos
Rogo andando, pés no chão, na poeira
Qualquer sonho que me acresça
Vitamina, cheque ou mate
Qualquer coisa que derreta
Em som, em brasa, em beleza
Destreza pra do melhor compartir
Leveza de canto
Que canta e contempla
Tristeza de campo
Curtindo na voz da viola um alento
A mão viva, o vinho, a alforria
Pra beber e jorrar poesia
E mais um irmão conhecer
É muito irmão pra saber
Rogo andando, pés nos astros
Sorte, fôlego e, de fé, um bocado
Pra guiar dois pés incrédulos
E os ensinar a voar