A aranhazinha





Na ponta dum fiozinho 
transparente
que do último andar
surgiu
superando arranha-céus

Destacando-se contra o brilho
da lua,

v
e
i
o  

Ao chão

Expondo
à vida
A sua desilusão

A aranhazinha
Inocente
Inofensiva, esta,
pelo menos

Decididamente
Ela sem pressa

D

e

s

c

e

u

Nisto, descobri
que
em sua plenitude,
A aranhazinha...

Ela, era somente ela
desprendendo-se da sua teia.

Eu,
este insignificante e desprendido
eu
Desaprendendo o que é amar.



 
_ Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/02/2018
Código do texto: T6266607
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