A aranhazinha
Na ponta dum fiozinho
transparente
que do último andar
surgiu
superando arranha-céus
Destacando-se contra o brilho
da lua,
v
e
i
o
Ao chão
Expondo
à vida
A sua desilusão
A aranhazinha
Inocente
Inofensiva, esta,
pelo menos
Decididamente
Ela sem pressa
D
e
s
c
e
u
Nisto, descobri
que
em sua plenitude,
A aranhazinha...
Ela, era somente ela
desprendendo-se da sua teia.
Eu,
este insignificante e desprendido
eu
Desaprendendo o que é amar.
_ Liduina do Nascimento