Sonhos Largados...

Ei...! (O Tempo)

EI...! ( O Tempo)

Deixou cair isso...! ( O Tempo)

Despercebido e as mãos flácidas deixei esquecendo de propósito...

Sim!

Nem percebo e no leito deixei-o cair...

Recebo de teus braços...

Não quer mais por algum motivo?... ( O Tempo)

É pesado ou leve de vento...

Que num sopro, num ar de vento soprou-lhe...? ( O Tempo)

Não, é que num simples esforço que da costa ao antebraço e ombro...

O mau jeito...

Quer outro em seu lugar, como afeto ou amigo de esperança?... ( O Tempo)

Não,... andarilho solitário sou...

Sirvo=me de silêncio, de pensamentos e falácias em mim com minha sombra...

Eu te serei nestas linhas de terras... pegadas sem marcas...

Ocos ecos...

E só sentirás se...

Não me queres, nem de ajuda nem de esperança ou de segurança...( O Tempo)

Desejo andar somente à frente e descobrir nas noites minha luz e nos dias minhas sombras e naquilo de aquilo ser pensante no que serei adiante...

Mas o que na desistência e flácida esperança deixa cair sem pegadas? ( O Tempo)

Sentirás falta?... (O Tempo)

E se o frio for menor, mas de frio se aquece na pele, sentirás falta...

O que no caminho sem linha se fez de trás partir?... ( O Tempo)

É a frente que conduz...

Outro olhar procura em seu brilho escuro, pois não o vejo...

E creio que o desconheces, o conheço...

Sem sabor ainda, me apeteço...

E de seu ar que não respiro,... suspiro...

E o que faço?... (O Tempo)

Com teu embrulho jogado, disfarçado e largado?... ( O Tempo)

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 26/02/2018
Código do texto: T6264779
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