Entre o céu e o chão - Ilusões - XLIV
Andamos, ora com pés descalços, ora em nuvens inventadas.
Andamos e não nos faltou os risos e prantos aceitos pelos pés
experientes. Andamos pela alegria que fomos, pela força que tínhamos e pelos sonhos que iam além de versos copiados.
Andamos sós, outrora com lobos e ora com anjos. Andamos.
Caímos com os pés nus e com eles decorados. Caímos e novamente não nos faltou os risos e prantos.
Caímos pela felicidade que fomos e pela ausência dela. Caímos pela fragilidade de nossa poesia criada e pelas rimas que perderam a vivacidade.
Pelos passos caímos, mas pelas quedas voamos.
Somos revoada ao infinito que é bem maior que nossos tolos passos.