Confissões de um Poeta

Fazem poucos anos que nossos corações se ligaram,
que nossos versos 
se encontraram, se abraçaram e
aplausos mútuos nos cobriram de luz.

Debrucei-me nas tuas linhas, vendo a saudade e os
sonhos se aconchegarem mansos. 
Procurei nessas frestas,
um lugar onde eu poderia estar no âmago das 
tuas
doces e talentosas inspirações.

Impregnei-me de devaneios, amor e alegria, findaram-se
em mim por alguns 
momentos, as nostalgias e incertezas.
Encantei-me com teu semblante sereno, tuas linhas
poéticas singulares, 
sem jamais te ver, te tocar, ter
escutado a tua voz, sentir teu abraço e me deliciar 

com teu sorriso. Ah! Mesmo assim comecei a te amar!
Escondi meu amor por ti,
pautado no medo, mas cheio
de enredo e ilusões – arrependi-me de não tê-lo
confessado, pois 
talvez assim, não terias te afastado
de mim ficando aberto a outro amor.

Tuas palavras de afeto foram rosas perfumadas
embalando o meu triste ser. Poemas de amor eu te fiz,
sem que percebestes, como chamas acesas e com
detalhes fortes e iluminados,  que não se apagaram
no esvoaçar do tempo, difíceis  de serem banidos
do pensamento, matizados de esperanças. Às vezes
te encontro nas esquinas dos meus sonhos, fitando
o brilho do teu olhar,
mas com receio de te amar.
E quando me vejo na lucidez, minha solidão brota
outra
vez e dialogando com minh’ alma melancólica,
anseio por teu amor a me cingir um dia.

Meu amor nem tão antigo, mesclado de tons amigos,
em mim sempre viverá. 
Hoje, vou juntar meus pedaços
de saudade e de solidão, além do sol, diante do mar... 

pedaços de ilusão, de amor, de poesia e de paixão. 
Pode ser que em qualquer hora, num atalho do caminho,
eu te reencontre, meu amado, 
e possamos banir
preconceitos, saber que poderemos ter o direito
de nos amarmos de uma vez.




Cida Maia Oliveira
Enviado por Cida Maia Oliveira em 25/02/2018
Reeditado em 25/02/2018
Código do texto: T6263487
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