Da dor à redenção

Dor.

Após testes e desafios a vida apenas sangrou. Tantos intentaram operar, mas não cicatrizou. ...

Dor.

E essa revolta dentro de si, esse coração dilacerado, enfim...

Apenas sente o que se defez e já nem se lembra como deveria ter feito...

E refazer...

A vida - quando não há mais do que tinta e algumas poesias, decoradas, do tempo escolar, um livro desgastado no sofá...

Tantos sonhos pra sonhar. ..

Mas em nenhum deles consegue amar, em nenhum dos versos mais secretos pode a si mesmo encontrar. Já leu todos os livros da estante, ali estão de magia a autosugestão e em nenhum encontrou real solução.

Nos divãs que frequentou apenas se recorda daquela dor... que aumentava após a sessão, a angústia e agonia de ser. A revolta existencial no viver.

Confusão.

Seria algum deus capaz de dar verdadeira direção? E não há nada ao redor que indique sólido motivo para o desespero. Ainda que outro dia tenha participado de triste enterro. Mas está muito pior do que imaginou... mãos tocam a alma e voltam embebidas de sangue.

Assombro.

Apenas percebe. Não pode mais por si. Precisa em uma porta bater... e sabe que é mais que humana. Precisa de algo mais forte e real do que jamais experimentara.

Decidiu buscar a Deus.

Encontrou certo Senhor, que as chagas da humanidade levou. E que por alto preço a tudo comprou, resgatou o homem e deu a ele elevado valor. E a simples mensagem da redenção, mas sublime pregação, cicatrizou aquele enfermo coração.

Priscila Almeida
Enviado por Priscila Almeida em 23/02/2018
Código do texto: T6262428
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