Entre o céu e o chão - Ilusões - XXXVII
Chovia. Era uma chuva leve e deliciosamente delicada. Ela esqueceu os saltos, as nuvens, as pedras e os bem-te-vis e pisou firme na terra em chama.
Não havia plateia, pelo menos para ela que parecia nunca antes estar tão bem acompanhada.
Fechou os olhos e entregou-se ao vento, seus olhos sorriam
e seu coração também.
Riu um riso esplendoroso e chorou por segundos um choro
de satisfação.
Em contradições, sujou a roupa cara e acariciou cada gota
em sua face.
Ela buscou a menina, cobriu-a de amor.
Dormiu, à noite, como a tempo não dormia.
Não precisou sonhar, nem sonha mais em leitos; aprendeu a viver!