Um qualquer, um
Velejando por mar oculto entre sombras projetadas das nuvens que se passam. É estranha a sensação de naufrágio. Esquecido. A deriva. A costa. Nas costas. O peso do assombro da tempestade que pode chegar.
De forma linear sempre é visto um horizonte, de forma tonteante é seguido o balanço do mar de ondas fortes e vento calmo. Um cenário possível de água, sal e solidão. Não tão diferente das lágrimas por assim dizer.
Rosto. Rugas. Rasgos. Restos.
Molhado. Frio. Insípido. Indolor.
Tonteante seja o balanço, a maresia, a falta de certeza. Do vai e vem. Do não vai nem talvez venha. Movimento repetitivo como uma valsa mal compassada nos pés de um qualquer... E que qualquer.