Agora é Meu
Diz-me a poetisa que somos poesia dadaísta de um poeta maior, que junta ao acaso pessoas e sentimentos, amores e tormentos...
Mas que acaso é este que colou você e eu, duas almas, dois nomes, lado a lado, poeta e poetisa, com tais sentimentos tão iguais, com desejos tão iguais, num enredo surreal, de expectativa e medo.
Que louco poeta fazer isso conosco; brincar com sentimentos tão profundos, virar do avesso nossas vidas, deixar-nos em perplexo, mente congelada no módulo amor.
QUE POETADEUS DOIDO LOUCO!
Vai poeta, cola palavras, segue o poema, estamos curiosos. Se começaste esse teu verso louco, eis que estás a deixar-me louco, enlouquecendo meu amor, segue, escreve e descreve nossa sina. Queremos saber o que nos cabe, se é que cabe! Só você sabe!...
Vai poeta! Você e só você sabe o que faz e como fazê-lo. Se aproximaste não afasta, pois já me basta o tempo que levaste para chegar até aqui...
Acelera teu verso, que se dane o universo, o próprio verso, que se dane tudo, o verso é teu não meu; de tudo, agora, quero apenas e tão apenas o amor do meu amor, que você escolheu, mas agora é meu... só meu!...