Em linhas definitivas
Não basta não se lembrar...
para se ter esquecido,
já deixei de pensar...
não valeu,
já caminhei pelas orlas da insensatez,
e não a esqueci,
falei com o resto da paisagem,
discutimos causas dos que partiram,
mas você, engendrando o novo,
continuava presente,
a mente, como impiedoso algoz,
teimava em manter, em mim...
sua voz,
assisti, reiteradas , e lancinantes vezes, painel,
retratando começo, meio e fim,
não basta calar, para não ouvi-la,
tudo gravado em infinitos decibéis,
fomos roteiro, e ainda que não reeditados,
fomos a gênese do nosso viver,
não basta alterar protagonistas,
não é assim que eu vou me esquecer.