Desculpa a frieza no olhar.
Desculpa eu ser assim, desculpa eu ser extrema quando preciso ser mais suave.
Desculpa eu ser amarga quando o mundo clama para que eu seja doce.
Desculpa eu ser fiona quando a sociedade quer que eu seja a cinderela
Desculpa eu ter muita mente e nas costas pouca idade
Desculpa eu ter independência e não deixar que você pague toda a minha conta
Desculpa eu levantar a voz para você, é que até minha mãe sofre com esse meu jeito
Desculpa eu não acatar tudo o que tu falas, não entro em um jogo para perder
Desculpa a frieza no olhar,
Sou uma menina difícil de lidar.
Basta conversar comigo e verá,
Que ofereço o que a maioria das meninas não lhe dá.
Mas no real mesmo, eu pedi desculpa, mas não quero me desculpar.
Que se dane se você não gosta do meu jeito, se você não me aceita ou se você não me ama.
Que se dane os padrões, que se dane a métrica do poema
Que se dane a literatura se tu, crítico de merda, não achar o que eu escrevo literatura.
Isso tudo é sentimento, vida real
Isso tudo são anos de caderno,
Isso tudo é realização,
E eu sou uma escritora do caralho, não para você,
Mas para mim.
Que se dane quem acha o contrário.