Mulher

Não era a poética desregrada que provocava a desaprovação de toda a sociedade, não, não era apenas isso!

O que as bocas pequenas mais falavam era do jeito de menina no corpo insaciável de mulher...

Isso era a devassidão de toda sua forma de viver.

Malditos sejam os grilhões hipócritas dessa sociedade senil e ultrapassada, que pejora toda a forma de prazer tácito e simples que uma mulher pode ter!

E por ordem minha agora, resolvo romper com todos os preconceitos baratos adquiridos mediante regras inventadas ou supostamente colocadas para que tenhamos algo a seguir para fazer parte do seleto grupo da sociedade de mulheres de bem.

Chega de bancar a santa de rabo entre as pernas, chega dessa putaria bastarda e barata!

Eu quero soltar o berro, urrar e gemer quando eu tiver prazer.

Ter espasmos de prazer...

Sou eu que tenho as regras e não voltarei mais a emudecer.

Quero sonhos amarelos de príncipes em castelos,

Mas quero me entregar livre e sem porquês.

Quero agora um toque quente, uma pegada firme e um amo você!

Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 05/02/2018
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