Há Dias... E Noites
Há dias... e noites que fico sem
palavras e não sei o que dizer...
Logo eu, que loucamente poeta
brinco com as palavras e deixo
que brinquem comigo. Palavras
que externizam esse pensar
insano que, talvez, só nós
consigamos compreender...
Olhos mareados, lágrimas à
passear pela face, ao ouvir uma
canção que diz "Fale Para Mim"...
e aí, não falo , travo, penso e
repenso; tento entender os por
quês e são tantos os por quês!...
Volto no tempo à procura de
"sinais", talvez meus sinais que
me trouxeram a esse estado de
ficar sem palavras, sem saber o
que dizer... Tão pouco tempo,
que loucura, liquidificador no
cérebro, overdose de paixão, de
não entender mais nada, tal qual
estudante que não estuda e quer
contar com a sorte na prova. São
tantos os por quês!... Vasculho
novamente minhas crenças à procura
de mais sinais, vidas pregressas e até
escrito nas estrelas, Ghost..., pasmem,
no Dadaísmo, tamanha confusão que
está minha cabeça à deixar-me sem
palavras... Mas poeta que é poeta não
pode morrer na praia, pelo menos sem
dizer suas últimas palavras, talvez
penúltimas ou antepenúltimas, sei lá!...
Talvez nem morra o infeliz, posto que
se fosse feliz não seria poeta... Saiba,
do fundo do meu coração e não sei
ainda por quê, quando, como, talvez,
talvez nunca, o tempo possa dizer, ou
maldizer, ou tudo, tudo, tudo... estado
de quase loucura explícita, encontro,
finalmente, não uma, mas duas
palavras para ternamente dizer-te: -
"TE AMO".
Durma em paz, pois esta noite não
dormirei, minha "Delícia Justa" musa...