BALÉ NAS NUVENS.

É noite, estrelas perdidas no firmamento, piscando, dançando, correndo, escondendo. A dama da noite surge ao longe, despontando silenciosa por detrás das montanhas, ela fez do escuro véu seu palco, desfilando majestosa entre as pequeninas gigantes, ao som dos grilos e ao olhar atento da coruja, essas fulgurantes estrelas me encantam.

Eu te amo

Desmesuradamente eu te amo

Eu te amo como a abelha a flor

Com todas as forças do coração

Eu te amo

Desesperadamente eu te amo

Eu te amo como o poeta a poesia

Como um marinheiro ao mar

Eu te amo

Desmedidamente eu te amo

Eu te amo como as aves ama o céu

Como a primavera ama as flores

Eu te amo

Perdidamente eu te amo

Eu te amo como ninguém amou

Com o peito em brasas ardentes

Eu te amo

Infinitamente eu te amo

Eu te amo muito além do horizonte

Quero apenas te dizer Anjo ledo

Eu te amo.

É noite, vigésima quinta do ano de 2018, uma brisa suave começa a soprar neste momento, as estrelas aos poucos tem os seus brilhos ofuscados e apagados pelas nuvens pesadas que apareceram repentinamente, a impressão é de que vai chover mais a noite, talvez de madrugada. A lua e as nuvens começaram um interessante balé, aqui e acolá, sumindo, surgindo, escapando, correndo, se escondendo. É qualquer coisa maravilhosa demais aos olhos desse poeta.

Eu te amo

Quero ser para você eterna alegria

Te fazer sonhar todos os dias

E durante todas as manhãs dizer

Eu te amo

Eu desejo te dar todo o meu amor

Me entregar para você todos os dias

Sou tua fênix de fogo a te cantar

Eu te amo

Somos muito mais que amigos

Somos amantes da solidão

Sou a canção a tua louca paixão

Eu te amo.

É noite, as ruas aos poucos estão mais silenciosas, os transeuntes apressados esconderam-se em suas cavernas magníficas, não há muito o que fazer neste momento. Sou mais uma vítima desse sistema, aquieto-me em meu castelo de cristal como manda o figurino, e do alto da torre forte, vejo tão somente a sombra de um dos montes ao lado norte. Escondido entre as colinas, entre as mais grandes árvores, vive o beija-flor, aquele mesmo de outrora, de penas reluzentes e bico afinado, minha eterna paixão.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 26/01/2018
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