INTRINSECAMENTE
Juliana Valis




Amor intrínseco é aquele escrito na alma

Como apologia aos sonhos sempre tão humanos

Quanto as letras e os enigmas que vão, sem calma,

Desabando em nossos projetos, planos

Em arquiteturas de sentimentos lídimos...




E quando os ventos nos levam, sós,

Pelos labirintos do amor na vida,

Perguntamos já: quem somos nós ?

Em qual tempo o sonho nos convida

A naufragar no cerne da ilusão veloz ?




E, sem respostas, ao menos definitivas,

O coração perquire, nesse abismo em nós,

O que faz das sensações furtivas

Um labirinto intrínseco ao que somos nós ?