O velho... e ninguém
V -Ah, veja quem está chegando!!!
N -Mas não está chegando ninguém.
V -Então... com quem eu vou brindar?
N -E a que o Senhor brindaria?
V -Deixa para lá, não é dada a hora.
N -Hora de?
V -De estar com alguém?
V -Você ouve o telefone tocar?
N -Não, o telefone não está tocando.
V -Então, a quem contarei?
N -E o que o Senhor tem a contar?
V -Realmente, eu não tenho nada a contar
V -Eu poderia falar das flores
N -Mas ninguém molhou as flores
V -E as flores... morreram?
N -Sim, as flores morreram
V É, sem cuidado as flores morrem
V -Mas diga que eu estou bem
N -Dizer a quem? Não há mais ninguém
V -Então... quem tem respondido a todos os meus questionamentos?
N -Ninguém...
Então o velho parou de perguntar, pois apenas havia um velho, um velho e mais ninguém, era um monólogo