Senhora
Ah! Senhora,
Sempre sem hora
para a senhora!
Mas, com hora
para no mundo tudo,
para o café
para fazer o filé
para o rapapé
para o banzé
para a boa-fé
para ir à Baturité
Se conserte e acerte-se
Desperte!
Que nem a senhorita Anitta
Que ainda com casca de ferida
Às seis da matina
Limpando a retina
O bafo examina
E logo fascina,
Pois toma nectarina
Ler Cora Coralina
Escuta Nina e Ana Carolina
Viaja para Argentina
E como clandestina
Vaga na surdina
E tu? Senhora!
Enquanto isso...
Tece os dias mais plenos
De Janeiro à Janeiro
E para Anitta dá um aceno
Bem sereno