Povo Das Águas
Ah, meu povo,
De tantas nuances e matizes,
Duma mescla exemplar!
Nascestes em berço verde e macio
E nunca viste a seca e aridez cinzenta
Dos que nem lágrimas têm para chorar.
Povo felizardo,
Tens nos olhos as cores do mundo,
Negros como carvão,
Azuis como o mar,
Verdes como os campos,
E castanhos como o pinhão.
Lamentas,
E em preces pedes aos céus,
Que levem, benfazejas, as águas furiosas
Para os desertos esturricados
E as caatingas do nordeste.
Chora, povo,
Com lágrimas saturas a terra inundada,
Numa torrente impiedosa,
Que devasta sonhos,
Onde boiam teus olhos,
Cheios de todas as cores e todas as dores.
(escrito em uma data imprecisa da década de 80, porém sempre atual)
Ah, meu povo,
De tantas nuances e matizes,
Duma mescla exemplar!
Nascestes em berço verde e macio
E nunca viste a seca e aridez cinzenta
Dos que nem lágrimas têm para chorar.
Povo felizardo,
Tens nos olhos as cores do mundo,
Negros como carvão,
Azuis como o mar,
Verdes como os campos,
E castanhos como o pinhão.
Lamentas,
E em preces pedes aos céus,
Que levem, benfazejas, as águas furiosas
Para os desertos esturricados
E as caatingas do nordeste.
Chora, povo,
Com lágrimas saturas a terra inundada,
Numa torrente impiedosa,
Que devasta sonhos,
Onde boiam teus olhos,
Cheios de todas as cores e todas as dores.
(escrito em uma data imprecisa da década de 80, porém sempre atual)