Dulce Niña

Vou vivendo pelo que sinto

Me perdendo nesse labirinto

Que se fecha atrás da gente

E me obriga a seguir em frente

A cada passo que se avança

Se acrescenta outra lembrança

De mais um momento que passou

Que jamais um deles voltou

E de cada momento vivido

Vem à memória mais um amigo

Do carinho ao vexame sofrido

E a saudade que trago comigo

Outra câmara se abre adiante

Se tropeçar não há quem me levante

A essa altura minha alma se cansa

Então relembro seu sorriso criança

Seus olhos apertados pelo arrebol

E um sorriso reluzente como o sol

Nessa loucura de imaginação

Eu só queria segurar sua mão

Aquela vontade de poder te falar

Mas esse labirinto onde fui parar

Que nunca me deixou te encontrar

Me ensinou a fingir não te amar

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 19/01/2018
Reeditado em 19/01/2018
Código do texto: T6230793
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