Ossos
Ás vezes nos meus ossos
Bem lá no fundo deles
Nasce uma rosa vermelha
Sem que eu possa fazer nada
Ás vezes nos meus ossos
Bem na beira dos seus rasos
Brotam amendoeiras gigantes
Que fazem sombra á minha alma
Às vezes nos meus ossos
Bem lá no meio deles
Estende-se um mar de palavras
Palavras que não conheço nunca
Mas que se transformam em poesia
Poesia óssea, fóssil, quebrável
Milton Oliveira
17jan/2018