Trilogia!

Eis que me surge a última curva, a última trilha,

A casa que um dia foi minha, a minha frente,

A me saldar em seu silêncio...

Com seu jardim, sempre o mesmo...

A porta de tábua ainda lá,

A cor desbotada, ainda lá!

Todo labor exala de tudo aqui,

Mesmo exposto a tanto relento, quanto tempo, quanto tempo!

A mesma casa a proteger do relento aqueles corpos...

Que a tanto não abraço, nem vejo!

A guardar aqueles a quem tanto amo, hoje tão mudos,

Quanto que não os ouço!- Há um mundo de silêncio!

Talvez por causa do passado, que me fez só neste mundo em desalento!-Mudo!

Lar, corrente quente, que desperta na gente, um sentido de existir!

Casa onde temos as nossas primeiras asas,

E as derradeiras por vir!

Gente, gente! O lar é um elo da corrente,

É como o mar, o céu, é a vida da gente...

Quantos pensamentos, no retorno ao lar!

Ninho de mãe, pai e filhos...

Cheguei, que venham correndo...

Que venham gritando:- Marido! Filhos! Pai!