Escadas da vida

... É que tem dias, que tem brumas densas sentadas no chão da praça. As janelas relembram histórias, porque o branco ofuscante não deixa viver o dia com alegria. É a saudade sulcando o solo do peito.

Escadas da vida levam a patamares de ilusões. Vastidões de planícies, onde brincam sentimentos; deixam jardins florirem.

Tempo de tudo, os sorrisos se fazem nos lábios, tais quais canções pingando suavemente. O olhar cultua brilhos e luares.

Mas o tempo doa e toma em outro tempo.

... É que tem dias, que a vida brinca de esconde – esconde nas esquinas da pele. Sorve lamentos, balbucia paixões e grita dissabores. Reluta em tecer fantasias, mas se perde na colcha estendida com fios soltos ainda. São momentos dela. Há que se passem as tristezas e se solidifiquem as esperanças.

... Nas reticências deslizam as emoções tais quais locomotivas em trilhos e vão de encontro às estações do ser.

... É que tem dias que tudo fica meio que na cadeira de balanço, olhando vagamente, sem querer saber de horizontes.

Paralelamente as escadas apenas ostentam degraus e a cada um deles, um pouco mais de altura... um pouco mais de tempo escalando vida que se segue...

Takinho
Enviado por Takinho em 16/01/2018
Código do texto: T6227809
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