CONSIDERAÇÕES DE UM POETA.

É algo estranho, difícil de explicar, no exato instante em que estamos juntos, a impressão é que estamos distantes um do outro; quanto mais nos conhecemos, parece que menos conhecidos somos. É explicar o inexplicável, é entender o não entendido, o amor é tudo, um pouco mais do que isso, e ainda não alcança uma gota do que realmente é. Por tal motivo não aconselho aos corações juvenis a paixão nem o próprio amor, talvez amar seja correr riscos desnecessários, talvez o amor seja cruel e impiedoso, esmagador de todo e qualquer coração que a ele se dedique. É algo estranho, o insano a loucura do prazer absoluto.

A vida calma e tranquila que pensamos ter, inverso de uma existência agitada, termina quando começamos a amar, quando finalmente nos deparamos com o amor. E esse amor cujo os olhos encontra-se eternamente vendados, deverá, mesmo sem a sua visão, encontrar rumos para os seus desejos. Talvez o amor seja uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros, ou, seja um oceano nutrido de lágrimas dos amores proibidos; O que mais é o amor? Diga-me você, o que é o amor?

Talvez a mais discreta das loucuras, um fel que sufoca, ou doçura que preserva. Sei apenas que este sentimento é coisa estranha, da qual ninguém compreende, mesmo pensando compreender tudo. Somos alvos fáceis das flechas envenenadas do amor, guardadas por um cupido mórbido e sem razão. As grandes emoções oriundas da alegria ou dor, exerce tal peso sobre nós, ao ponto de nos esmagar no primeiro momento, paralisando todas as nossas forças no mesmo instante.

São apenas considerações, e neste décimo sexto dia de 2018, foi um dia calmo, o beija-flor no entanto, aquele mesmo de outrora, retornou no primeiro luzir da aurora, junto a mim está. Escrevo o que a alma dita no silêncio, e nos enigmas de cada dia, vou me revelando em cada linha ocultamente indiscreta. Nada mais tenho a dizer neste dia, são apenas considerações de um poeta.

Pensão que sou poeta

Digo que não o sou

Considere-me pobre alma

Que versos alheios rabiscou

Poemas são como os ventos

São como inexplicáveis sentimentos

Destruidores e conquistadores

De pequeno a grandes amores.

Naquele coração tão distante

Meus versos não podem chegar

É terra sem herdade

Que nunca vou conquistar.

És verdadeira afrodite

Da mitologia vieste

A cegar-me os olhos

De loucos sonhos errantes.

Este poeta

É alma incompleta

A sua paixão

Aprisionou seu coração.

Este poeta

É alma incompleta

Tem no peito

Amor imperfeito.

Este poeta

Sempre estará

Buscando no universo

Da sua beleza, o mais belo verso.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 16/01/2018
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