SONHOS
Nos meus sonhos, que são raros,
Vejo fotos em preto e branco,
Desbotadas pelo tempo.
São lugares imaginários,
Arquivos da minha mente,
Que faz este coração carente,
Arrebatar-se com o cenário.
Nas minhas lembranças,
Que não são tantas,
Descortina-se a esperança
Em meio a tantas tormentas.
Nas minhas palavras,
Que também são parcas,
Solto a voz já meio fraca,
Pelas sendas do tempo.
É que procuro em noites claras,
Encontrar aquela amada,
Que representou na alvorada
Encanto em tantas luas.
Nesta viagem ao passado
Meu peito fica amarrotado,
Por amor e saudades dela.
Lagrimas caem em cascatas,
É uma dor que quase mata
E deixa a alma dilacerada.
Mesmo assim vou levando os dias,
Encantando-me com as poesias,
Como um herói predestinado.
Quero sonhar e viver o presente,
Para quem sabe daqui pra frente,
Ter os meus sonhos realizados.