A magia do amor

A magia do amor

Existem palavras que nos levam para profundas reflexões, e entre todas elas encontrei a palavra amor. De todas as classificações desta palavra, o que me desperta não é o fato de ser entendida como um suporte do sexo, ou uma rica variedade lingüística e gramatical; formas técnicas, frias, lógicas. Mas, o calor que me desperta, só de pensar sobre a profundidade do significado e do poder desafiador.

Vejamos, Dizem que o sexo é amor. Mas tenho aprendido que o sexo é um complemento perfeito do amor. Gerando frutos saudáveis como: família, felicidade, alegria, paz. Na verdade o amor e o sexo formam uma mistura heterogênea. Estão juntos e às vezes não se vê a diferença, porém com o calor, a alta temperatura da vida, faz evaporar e então se vê a separação. O amor só é homogêneo com a razão, então não há aquilo, ou aquele que possa separá-los.

Às vezes, o sexo fere a natureza Ignorando o amor. Desta forma o divórcio se torna seu maior aliado. Neste mundo contemporâneo existem várias classificações do sexo, focaremos estes: sexo educado, sexo domesticado e sexo forçado.

Todos os praticantes declaram ser o próprio amor; com certeza, no ápice do fogo, falam sempre “antes” e “durante”, porém poucos, diante do término da explosão, o desvanecer do corpo, conseguem declará-lo “depois”, e somente a minoria esmagadora, diante da sobra da rotina, declara “eternamente”. O leitor é inteligente e sabe qual a classificação mais saudável, pois diante do fato que o amor nasce do entendimento, por habitar em todos os corações, mesmo para aqueles que lutam por negá-lo.

O amor cansado, vencido pela rotina, entediado e fracassado; nele o que se percebe é uma cegueira, que a ambos domina. Cego desvia-se do rumo certo, anda perdido em suas diversas direções. Primeiro, ele se extrema para santificar o ser amado, por isso não o estimula da forma ensinada pela natureza, pois segue as tradições com seus tabus. Segundo, ele se torna extremo e busca profanar o ser amado, pois entende errado a natureza e esgota fisicamente, violento, provoca escoriações, e o deixa carente, não de sexo, mas do sentimento que na verdade desconhece. Este, também, cego caminha, errante e em várias direções. Primeiro, este profanador consome sem escrúpulo, seja quem for, ou como for. Segundo, vítima de si mesmo adoece sem conseguir satisfazer o ser passivo, que o espera.

O triste fim é quando ambos seguem caminhos diferentes, e nunca acordam. O amor fica platônico e o sexo vira apenas uma tara. Porém diante da morte o sexo se curva diante da sua futilidade, então entende que precisa do amor. Da mesma forma o amor, ao ler o registro de sua história, entende que sempre precisou do sexo, para expressar a importância da entrega.

Para coexistirem o sentimento, a sensação e o verbo, onde neste texto são visto com vidas próprias, chega-se a conclusão que o amor é a Cabeça, a qual precisa de um corpo. Estes tão quantos nobres, tendo o corpo, simbolismo do sexo, o qual também precisa do amor, para ter sucesso. Em uma harmonia Divina os dois se encontram. Por isso o sexo, que neste texto ganhou vida, não tem a razão, mas uma explosão de sentimentos, desta forma não se arrepende. Ao contrário, o amor sempre tem a razão, tem o controle de todo sistema, assim valoriza o êxtase e age controlando tudo, dando a direção do prazer de forma magistral, razão, arte, prazer, humano e animal. É o milagre da existência humana.

Mesmo diante da morte, quando a velhice lhe tira as forças, o amor encontra vida. Assim se entende, que quando dizem que o amor e o sexo são temporários, e que o sexo é apenas uma mera excitação, desqualificando inclusive a paixão. Tais teóricos nunca experimentaram o vôo da águia, que tem a catapulta da paixão mistificada pelo amor exacerbado, mostrando, numa linda figura, que estes são um maravilhoso fanatismo, uma gostosa idolatria, uma excitante doença, em que, quem a experimenta, não quer a cura.