Salve, salve, juventude! Salve-se.

Seria a felicidade, mérito? prêmio de consolação para aquele que foi inteligente o suficiente a tocar a flauta da vida? Encontrando sentido na música que aprendeu a compor como nova todo o dia?

Delicado isto! Os “filósofos pops” sugerem que para viver o estado de felicidade, espera ver mantida a rebeldia da adolescência, usando-a como faca de dois gumes, sublimando a dura realidade revelada na vida adulta.

Como pitadas de condimento, diz a sugestão, que o gosto do viver surgiria da combinação do afã da liberdade juvenil e a experiência irônica que a maturidade traz, sob pena da realização do ser na vida adulta não passar de fracasso da natureza, enquanto obra da criação, sem sentido.

Liberdade marota e felicidade, na combinação dos afazeres e responsabilidades...

A prática da vida adulta nestes dias estéreis de significado, angu preparado e comido pelo homem adulto, leva desacreditar no acerto com a felicidade juvenil da filosofia inovadora. A não ser se aventarmos a possibilidade do despertar no interior do indivíduo das habilidades do mago, transformando o grude comido em alimento de primeira, para, assim, assoviar e ser feliz.

Não combina com adolescência o trabalho de alquimista. A “filosofia pop” pode estar aquecendo quimeras...ou tentando resgatar os ensinamentos helenistas do início do primeiro milênio do calendário cristão.

Afinal, não é para iniciantes viver na pele dos terráqueos, inseridos numa realidade de vida com nível evolutivo dependente cada vez mais da interação com o capital e a cibernética.

Viver toda a parafernália disponível pela tecnologia, e ao final, sairmos daqui humanos. Eis o desafio. O mercantilismo nos levou num longe apartado de nós.

Tocar a flauta da vida. Há de se exigir, talvez , o aprimoramento constante do uso das habilidades de refino consigo nos atos praticados, para não provocar a calcificação da alma, podendo usar todo e qualquer recurso, inclusive usando do referencial do passado, artimanhas usadas na adolescência, tecendo as ações como marinheiro em viagem, não “de primeira viagem”.

O acarinhamento , o tato e o trato com o timão da balança interno é mecanismo de primeira necessidade, partindo sempre que necessitar, como auto defesa, para o deixa disso! e daí? tente outra vez! amanhã é outro dia! pega leve! Tenta com outro, outra! Você é aquela, aquele!

Ah!! Assim fica fácil acreditar em duendes! no riso que provocou, na leitura de mundo que arquitetou acreditar, pensando até manter a crendice popular de que a vida é uma aventura.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 14/01/2018
Código do texto: T6226008
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