Chances perdidas

Se ela soubesse que aquela seria a última conversa, teria falado o que estava guardado, durante todo esse tempo.

Se soubesse que iria perdê-lo, antes mesmo de ter, teria feito diferente.

Ao menos uma vez na vida, deixaria de lado a timidez que a tanto tempo havia os atrapalhado.

Há tanto tempo, ela esperou alguém como ele aparecer. Alguém que chegasse e a fizesse bem, alguém que transformasse todos seus medos em verdades absolutas, alguém que sempre soubesse o que falar, alguém que a fez crescer, o alguém que parece ter saído de algum conto, de tão perfeito.

Ela nunca imaginou que o perderia, tão de repente, por isso preferiu guardar seus sentimentos, para o dia em que ele estivesse pronto para ouvi-los e aceita-los, porém esse dia não vêm mais.

Suas chances foram perdidas, várias oportunidades jogadas fora.

E hoje o que lhe resta?

Apenas saudades, um coração partido, um amor perdido.

Por mais que ela saiba que, amores vem e vão, não queria que esse tivesse ido, ainda mais, sabendo que, teve sua parcela de culpa.

Sim, ela foi culpada. Culpada por ter se calado, quando devia ter gritado. Culpada, por ter se escondido e deixá-lo ir.

Mas se mantém na esperança de, um dia quem sabe, o encontre por aí, com um olhar mais maduro e preparada para assumir o que sente. Não que ela não estivesse agora, mas seu tempo acabou.

Essas são suas promessas de todas as noites, pois sabe que se tiver a chance novamente deve pôr sua cara a tapa, correr o risco.

Porquê, no fundo sabe que, apenas promessas não adiantam, e que: muita teoria e pouca prática é demagogia, já que, de nada adianta apenas falar e não por em prática. E muita prática sem teoria, é pura sorte!

Ana Carolina Dutra
Enviado por Ana Carolina Dutra em 13/01/2018
Reeditado em 13/01/2018
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