Não errei... Amei!
Criei poemas de amor.
De um passado que quero esquecer.
vivi um amor fictício, mas em algum momento foi real.
Essa ilusão tornou-se um vício,
transformei meu amado
Num muso inspirador, com um ideal
No qual extraí versos de melancolia e amor
Escrito num diário secreto
Com letras de mão, a grafia saía trêmula
De acordo com minha emoção.
Essa sensação de apenas amar e sonhar
em ser amada, algo que inventei de uma história
acabada, dei continuação numa desilusão...
Pra expurgar esse sentimento fui vivendo
Das lembranças e desconstruindo o que restou
para minha saúde mental.
Me afastei e de longe tive uma visão panorâmica...
Agora com os olhos da razão
Consigo ver claramente.
Me apaixonei por uma imagem que criei
Dessa história restou a decepção
Sentimento que luto pra abolir
Já não me causa mais inspiração.
Acredito que este é o fim.
Perdeste o posto de muso inspirador.
Nem toda história de amor tem um final feliz.
Mas guardarei numa gavetinha do coração
o que vivi de bonito.
O resto o tempo se encarregará de apagar.
Não errei... Amei!
By Claudia Florindo Corrêa
04/12/17