Não errei... Amei!

Criei poemas de amor.

De um passado que quero esquecer.

vivi um amor fictício, mas em algum momento foi real.

Essa ilusão tornou-se um vício,

transformei meu amado

Num muso inspirador, com um ideal

No qual extraí versos de melancolia e amor

Escrito num diário secreto

Com letras de mão, a grafia saía trêmula

De acordo com minha emoção.

Essa sensação de apenas amar e sonhar

em ser amada, algo que inventei de uma história

acabada, dei continuação numa desilusão...

Pra expurgar esse sentimento fui vivendo

Das lembranças e desconstruindo o que restou

para minha saúde mental.

Me afastei e de longe tive uma visão panorâmica...

Agora com os olhos da razão

Consigo ver claramente.

Me apaixonei por uma imagem que criei

Dessa história restou a decepção

Sentimento que luto pra abolir

Já não me causa mais inspiração.

Acredito que este é o fim.

Perdeste o posto de muso inspirador.

Nem toda história de amor tem um final feliz.

Mas guardarei numa gavetinha do coração

o que vivi de bonito.

O resto o tempo se encarregará de apagar.

Não errei... Amei!

By Claudia Florindo Corrêa

04/12/17

Claudia Florindo Corrêa
Enviado por Claudia Florindo Corrêa em 12/01/2018
Reeditado em 14/08/2018
Código do texto: T6224178
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