Vertigens - Inocentes
Por mais que os enganos tenham
Batido forte na porta das esperanças,
O coração se enche de vida nos rios
Das nascentes,
Correndo margens inocentes
Cobrindo com seu manto quente
Os sonhos das ribeirinhas.
Por mais que eu viva o amor
A dor segue no templo das colinas
Vertigens matas de selva
Nos sapatos de gesso do museu
Paredes amarelados do descaso
Quadros pintados no autor
Do romance de pitadoras
Das donzelas outrora sonhadoras.
Quantas mais teremos que viver
O amor e o sofrer na estrada
Do bem querer das pétalas
Espalhadas pelo chão
Dos espinhos arrancados de
Sua alma,
Chora a dor de sua própria dor...