Vertigens - Inocentes

Por mais que os enganos tenham

Batido forte na porta das esperanças,

O coração se enche de vida nos rios

Das nascentes,

Correndo margens inocentes

Cobrindo com seu manto quente

Os sonhos das ribeirinhas.

Por mais que eu viva o amor

A dor segue no templo das colinas

Vertigens matas de selva

Nos sapatos de gesso do museu

Paredes amarelados do descaso

Quadros pintados no autor

Do romance de pitadoras

Das donzelas outrora sonhadoras.

Quantas mais teremos que viver

O amor e o sofrer na estrada

Do bem querer das pétalas

Espalhadas pelo chão

Dos espinhos arrancados de

Sua alma,

Chora a dor de sua própria dor...

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 11/01/2018
Código do texto: T6222990
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.