CONFISSÃO.

As vezes, é muito difícil para mim relacionar com outras pessoas. Isso me entristece muito, a impressão que tenho é que todos querem fugir de mim, me evitar. Eu sou o típico solitário entre a multidão, e confesso: " Não é nada fácil viver assim " É como se as pessoas me evitavam, e por algum motivo da minha imaginação doente, imagino-me como um monstro, um bicho, ou mesmo um assassino. E realmente eu não compreendo o motivo dessa minha paranóia. Certamente que estou ficando louco, e não há outro remédio para uma pessoa insana que o manicômio.

Quando a alma chorar,

E se dissipar o pensamento,

E o coração em silêncio cantar,

Toda dor do meu sofrimento.

O que eu fiz de tão errado? Essa é a pergunta que sempre faço. Para ser sincero, eu não espero de mim muita coisa, e mais uma vez eu confesso: " Não é nada fácil viver assim". As vezes o que eu mais desejo é apenas um sorriso, um único sorriso, no entanto, é justamente o que não consigo. Isso me deixa muito triste, melancólico, e por vezes depressivo. Eu nem sei o motivo de estar lhe escrevendo esses pormenores da minha vida neste sétimo dia do ano de 2018, mas acredite, você é a única pessoa com quem ainda continuo conversando, à única que me dá atenção, digo a verdade e não minto...

Quando todas as vozes se calam,

Quando a luz se torna em escuridão,

As estrelas somem do céu,

E a vida aos poucos perde a razão.

Hoje foi um desses dias terríveis, onde nada do que você faz dá certo. Me deu vontade de fugir para bem longe, de correr sem parar até as pernas doerem, mas eu tenho plena consciência de que não resolverá o problema. Contudo, enfrentá-lo frente a frente, também está fora de cogitação. Esse é o meu dilema, e nesta minha indecisa vida, vou colecionando sofrimento e dor. Talvez pareça exagero da minha parte, pode até ser, mas eu não consigo ser de outro jeito.

Dizem que esta é a problemática de todos os poetas, potencializar a dor, e como poeta reconheço os meus erros, reconheço o meu fracasso, e que as vezes não há nada de que eu possa fazer a não ser aceitar essa dura realidade. O que fazer então, mediante tais coisas.

Quando tudo enfim é silêncio,

Quando nada tem explicação,

A alma chora em desespero,

E a angústia toma o coração.

A única cousa que ainda me resta, é a imaginação de talvez vê-la sorrindo, bem ai, nesse seu mundo encantado, imagino um despretensioso sorriso que desponta no horizonte de teus lábios. Isso me deixa feliz, saber que ainda restou alguém, que mesmo distante está perto de mim, que mesmo distante, arranca de mim os melhores sorrisos. Só tenho a agradecer-te, por tudo, e principalmente, por acreditar em mim.

Teus olhos presos ao chão,

Problemas sem solução,

Horizontes sem saída,

Tudo entra em contradição.

Sua beleza, sua magnífica beleza, encanta os meus olhos, transforma os meus versos perdidos em versos direcionados a admiração do seu olhar. Espero no entanto, vencer os dias ruins, sorri em meio a dor intensa, cantar em meio às lágrimas. Peço-te apenas, que não me esqueças jamais, e ainda que em algum momento da vida te esqueças de mim, mas que meus versos, ao serem lidos, eternize uma boa lembrança deste poeta.

Até que se rompa o silêncio,

Rompe a angústia desfaz solidão,

Nos olhos lágrimas enxutas,

De um insano amor sem perdão.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 07/01/2018
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