POEMA VELHO
O tempo é escasso e não há tempo de pensá-lo.
Me acham jovem demais para ser tão parado.
Mas o motivo é óbvio:
Não sou jovem. Nem nunca fui.
Sou um velho de cabeça branca, com a coluna torta,
sentado no sofá. À espera do beijo da morte.
Não nasci para a alegria;
E a tristeza absoluta me toma em seus braços.
Meus bons momentos são sempre solitários.
E, estou sempre procurando onde me encostar.
E que me venha a morte.