Beijo-te

Se acaso eu não puder beijar teus lábios,

beijo tua alma

Que é para não espantar o amor

para onde o desejo deságua

Mas se permitires

Beijo-te a fronte e a ponta do nariz

Enfim, beijo-te aos montes

Como eu sempre quis

Quero beijar-te no presente e futuro

Deixando-o livre, prometo e juro

Pois o beija-flor cativo não existe

Ele que quando some deixa-nos tristes

Mas se a água é doce ele não resiste

E volta para o bebedouro querido

Com açúcar, beijos e abrigo

Se permitires mesmo esses beijos

Repletos de mil e uma delicadezas

Cativa serei eu sem qualquer dúvida

Teus beijos são meus, de carinho e certa fúria

Mar em que me afogo para não morrer...