Quando vemos...
falta já não me faz a vida que encobre meus crimes
como a morte que abrevia os planos
contas de um rosário interminável de perdas e danos
quando vejo faltam certezas, sobram enganos...
e no final tudo é divino e também um pouco profano
falta já não me faz a vida, que escorre pelos flancos
de sutis dedos _uma divindade que quase desconheço_
essa brevidade inesperada de sorrisos e suspiros
que desdenha sonhos e aprisiona ilusões
encobrindo meus medos
falta já não me faz a vida se não a posso tocar
quando a noite já não tem estrelas e quando no meu dia
já não tem a madrugada o mesmo orvalhar
quando vejo quase já é hora de ir
quando vejo já não tem mais o mesmo sorriso
o meu olhar...............................................